Oito Regras de Ouro de Schneiderman

Oito Regras de Ouro de Schneiderman

Continuando nossos posts sobre heurísticas, hoje falaremos sobre as Oito regras de ouro de Schneiderman, que também são queridas pelos designers de interfaces digitais, como sites, aplicativos e jogos.

1. Esforce-se pela consistência: essa regra diz respeito à padronização de botões, fontes, cores, palavras, etc. e consistência desses com as convenções já existentes.

Isso pode ser observado na transição de aplicativos semelhantes, como o Excel e Google Planilhas, que têm a mesma finalidade, mas pertencem a desenvolvedores diferentes. Nas imagens abaixo é possível perceber que os softwares possuem diferenças, mas mantêm a consistência nos ícones, comandos e layout utilizados.

Planilha do Google Docs:

Planilha do Excel:

2. Permita que usuários frequentes usem atalhos: vimos anteriormente a definição de eficiência como um dos atributos de usabilidade. Para o sistema ter uma boa característica de eficiência é necessário possibilitar que os usuários mais experientes consigam customizar atalhos. Isso evita que a experiência desses usuários seja entediante e torna mais rápida a conclusão de tarefas.

Um exemplo disso é o Windows, que possui vários atalhos, em especial os famosos CTRL+C e CTRL+V.

3. Ofereça feedback informativo: cada ação do usuário requer um retorno do sistema, que pode ser explícito ou sutil. Isso fica exemplificado na imagem abaixo.

Quando movemos uma pasta do Windows para dentro de outra pasta é mostrado quatro tipos diferentes de feedback: a marcação em azul com contorno tracejado na pasta de origem, a representação do movimento quando arrastamos a pasta, a mensagem “Mover para Nextcloud” e a marcação em azul com contorno contínuo na pasta de destino.

4. Projete diálogos que indiquem término de ação: outro tipo de feedback que é de grande importância em um sistema é o de conclusão ou término de ação. Nesse caso, podem ser utilizadas mensagens como “Ação realizada com sucesso” “Salvo com sucesso”.

5. Ofereça tratamento simples de erros: inicialmente, o ideal é que os erros sejam evitados, o que pode ser feito impedindo que seja possível inserir dados errados, direcionando a uma ação específica, fazendo preenchimento automático, entre outras coisas. No entanto, erros acontecem pelos mais variados motivos e, nesses casos, é importante que o sistema ofereça ao usuário uma forma simples de lidar com ele. Um bom exemplo disso é mostrado na imagem seguinte.

6. Permita fácil reversão de ações: sempre que possível, as ações do sistema devem ser reversíveis, de forma que o usuário se sinta mais tranquilo e confortável para executá-las.

Um exemplo disso é o comando desfazer (CTRL+Z), que está presente em várias plataformas digitais.

7. Ofereça controle de usuário: essa regra diz respeito a deixar que o usuário comande suas ações, de forma que ele se sinta no domínio. Isso pode ser feito oferecendo poder de escolha para instalar e fechar aplicativos, por exemplo.

8. Reduza a carga de memorização: por fim, é importante que o sistema não exija muito do usuário e uma das formas de realizar isso é reduzindo a carga de memorização exigida. Um bom exemplo disso está na imagem seguinte.

Já imaginou que perfeita seria uma plataforma que seguisse todas as regras de Schneiderman?! Conhece alguma? Conta pra gente nos comentários.

No próximo post, continuaremos com mais heurísticas, nos siga no Facebook e LinkedIn para saber mais!

Por Natália Oliveira