Heurísticas de Zhang
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Finalizando os posts sobre heurísticas, falaremos sobre as 14 heurísticas de Zhang, que foram baseadas nas Heurísticas de Nielsen e nas Regras de ouro de Schneiderman, vistas anteriormente. Essa lista de heurísticas é amplamente utilizada no desenvolvimento de produtos, especialmente para a saúde.
Abaixo está detalhada cada uma das heurísticas, junto com um exemplo visual do que seria um design BOM para cada uma delas.
1. Consistência e padrões: Deve-se manter um padrão de palavras, símbolos e ações, dessa forma o usuário não cria dúvidas ao existir situações iguais com simbologia ou palavras diferentes.
Exemplo: design do iPod Shuffle, da Apple.
2. Visibilidade do estado do sistema: O equipamento deve explicitar o que está acontecendo através de informações claramente percebidas. O usuário tem que entender a situação atual do sistema, o que pode ser feito, as mudanças ocorridas, entre outras situações.
Exemplo: percentual de bateria.
3. Correspondência entre sistema e mundo: O sistema tem que estar de acordo com a realidade do usuário, ele deve relacionar as situações que o sistema possui com as situações vividas no cotidiano dele. As imagens, ações e objetos são itens importantes que devem corresponder o dia-a-dia.
Exemplo: lixeira do Windows.
4. Minimalista: O excesso de informação é um causador de desatenção, quanto menos informação desnecessária, melhor é o desempenho do usuário no sistema.
Exemplo: embalagem minimalista de Schweppes.
5. Minimizar a carga de memória: A memorização deve ser evitada, o usuário deve saber utilizar o produto sem necessitar de memorizar muita informação para que isso não tire sua atenção.
Exemplo: funções sugeridas do Excel a partir de um início de digitação.
6. Realimentação informativa: O sistema deve retornar informação sobre as ações feitas pelos usuários. O feedback deve ser simples, deve ocorrer rapidamente e de acordo com o tipo de feedback dado.
Exemplo: alarme de carro que emite sinal sonoro e luminoso quando ativado/desativado.
7. Flexibilidade e eficiência: Os usuários possuem níveis diferentes de compreensão e experiência com o sistema, devido a isso, o sistema deve ser customizado, por exemplo, através de atalhos que aceleram a execução de atividades.
Exemplo: atalhos do Office e do Windows.
8. Boas mensagens de erro: As mensagens de erro devem ser instrutivas, dessa maneira o usuário saberá o tipo de erro que ocorreu e como solucioná-lo.
Exemplo: mensagem de erro do Gmail.
9. Prevenção de erros: Ao projetar as interfaces de um produto, deve-se prevenir que os erros aconteçam. Todas as ações que um usuário pode realizar não podem resultar em nenhum tipo de erro, essa característica é essencial para produzir um sistema eficiente.
Exemplo: mensagem do Windows ao excluir um arquivo.
10. Conclusão da tarefa: Uma tarefa finalizada deve ser notificada para indicar que os objetivos iniciais do usuário foram completos.
Exemplo: notificação da Play Store sobre instalação de aplicativos.
11. Ações reversíveis: O sistema deve permitir ao usuário desfazer uma tarefa. Por exemplo, se ocorrer algum erro, o usuário pode recuperar as informações anteriores ao erro.
Exemplo: mensagem do Outlook quando o usuário executa uma ação (possibilidade de desfazer a ação).
12. Utilizar a linguagem do usuário: A linguagem deve ser adequada ao tipo de usuário do produto. Para isso o uso de padrões nas palavras e linguagem especializada é fundamental.
Exemplo: reações do Facebook.
13. Usuário no controle: Os usuários devem se sentir no controle do sistema, eles são os iniciantes das ações, portanto deve-se evitar ações inesperadas, uma sequência monótona de ações e resultados imprevistos.
Exemplo: Celular da Motorola que possui várias opções de capinhas.
14. Ajuda e documentação: A documentação auxilia o usuário quando necessário, em dúvidas e na aprendizagem do sistema.
Exemplo: ajuda do Windows.
E aí, pensou em algum produto durante a leitura? Lembra de algum equipamento que viole alguma dessas heurísticas? Conta pra gente nos comentários e nos siga no Facebook e LinkedIn para não perder nenhum post!
Por Natália Oliveira